No calendário de Rômulo, o primeiro rei de Roma e seu fundador, o ano começava em março e tinha dez meses, cujos nomes primitivos eram:
- Martius (em homenagem ao deus da guerra, Marte),
-Aprilis (nome relacionado a Apros ou Afros, designativo de Afrodite, nome grego da deusa Vênus, a quem abril era dedicado);
-Majus (em homenagem à deusa Maia, uma das Atlântidas, amada de Júpiter e mãe de Mercúrio),
- Junius (em homenagem à deusa Juno, equivalente à deusa Hera dos gregos),
- Quintilis, Sextilis, September, October, November e December.
A relação de aprilis com aperire (abrir) surgiu posteriormente, na vigência do calendário de Numa Pompílio, por ser abril o mês da primavera, em que "todas as coisas se abrem".
Numa Pompílio (circa 715-circa 672 a.C.), sucessor de Rômulo, querendo igualar a contagem do tempo romano à dos gregos e fenícios, reformou o calendário de Rômulo, instituindo os meses de Januarius (em homenagem ao deus Janus, protetor dos lares) e Februarius, do latim februus, adjetivo de primeira classe que significa "o que purifica, purificador".
Homenagens
Os meses Quintilis e Sextilis foram rebatizados com os nomes de julho e agosto, em homenagem aos dois primeiros dos doze césares: Julius (Júlio César) e Augustus. Para que julho e agosto tivessem o mesmo número de dias, subtraíram-se dois dias do mês de fevereiro. Repare que as festas de junho são juninas (de Juno), mas as festas de julho são julianas (de Júlio), e não "julhinas" ou "julinas", nomes que não existem.
Por José Augusto Carvalho (texto adaptado)
Fonte: www.linguaportuguesa.uol.com.br
Vyctor Sousa - 3ºF
ResponderExcluirÉ bem interessante saber que o calendário que seguimos teve origem no berço do pensamento do homem (Europa) , pois a maioria das invenções que nos rodeiam atualmente surgiram nesse continente. O mais interessante é que o calendário tem duas origens : uma religiosa ("pagã" segundo os cristãos, com inspirações nos cultos dos panteões greco-romanos) e outra humana (que surgiu da vontade dos governantes romanos na antiguidade), o que ensina que não é necessária a reunião de várias pessoas para tomar uma decisão importante , só um ou dois nomes importantes.